sexta-feira, 16 de maio de 2014

Uma segunda chance... (Para ler e refletir)

Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens: Uma bela fazenda e vários empregados a seu serviço. Tinha um único herdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalhar e nem de compromissos sérios. O que mais gostava era frequentar festas, estar com seus amigos e ser bajulado por eles.

Seu pai sempre o advertia que esses amigos, pelas suas observações, eram interesseiros e só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer; depois, certamente o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai para que modificasse sua maneira de viver, não encontravam ressonância nos ouvidos do filho.

Um dia, o velho pai, já avançado em idade, mandou que seus empregados construíssem um pequeno celeiro. Depois, dentro dele, ele próprio construiu uma forca, colocando junto a ela uma placa com os seguintes dizeres: "para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai". Mais tarde, chamou o filho e, conduzindo-o até o celeiro, falou-lhe.

Já estou velho, meu filho; quando eu partir, você assumirá tudo o que tenho, mas eu sei qual será o seu futuro: Prevejo que deixará a fazenda nas mãos dos empregados e ira gastar todo o dinheiro com seus falsos amigos; irá vender todo o gado e os demais bens para se sustentar e, quando estiver na beira da miséria, vai arrepender-se amargamente por nunca ter dado ouvidos a mim.

E, mostrando a forca que havia feito com suas próprias mãos, falou com emoção: - Construí esta forca, para o caso de acontecer tudo o que acabei de lhe dizer, você se enforcar nela. O jovem sorriu, achou tudo um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu que assim faria.

O tempo passou; o pai morreu e tudo o que ele antecipara, aconteceu: O filho acabou com a fortuna herdada; gastou tudo o que tinha e foi vendendo suas propriedades até ficar quase nada; perdeu, então, os amigos e, mais ainda, a dignidade.

Estando aflito e desesperado, começou a refletir sobre sua vida e viu que não passava de um grande tolo. Lembrou-se, então, do pai, e começou a chorar, dizendo:

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido seus conselhos... Não estaria, agora, nesta situação. Mas é tarde... É muito tarde!

Com muito pesar, o jovem levantou os olhos e avistou ao longe o pequeno celeiro; era a última coisa que lhe restara. Sentiu-se levado, sem querer, até lá, quando viu a forca e a placa empoeirada. Então, amargurado, pensou:

- Nunca segui as palavras de meu pai; nunca consegui alegrá-lo em vida, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele: Vou cumprir a promessa feita naquele dia.

- Subiu nos degraus da estrutura da forca, colocou a corda no pescoço e, neste momento, um pensamento veio à sua cabeça: "Se eu tivesse uma nova chance, minha vida não terminaria aqui"... Fechou os olhos e saltou para a morte. Sentiu, por um instante, a corda apertar-lhe a garganta, mas, de repente, uma surpresa... A madeira da forca quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão sem se machucar. Sobre ele caíram muitas jóias que estavam escondidas na madeira oca, e um bilhete que dizia: 

"EIS SUA NOVA CHANCE, MEU FILHO. EU O AMO MUITO. 

ASSINADO: SEU PAI".

Um comentário: