terça-feira, 13 de maio de 2014

Viver como as árvores

Que bela seria a vida se todos pudéssemos ser generosos como as árvores… 
Da semente pequenina, emergiríamos para o Mundo trazendo impresso em nós apenas o desejo de servir. 
Observe: a árvore cresce e, em torno de si, espalha sombra, perfume e cor. Doadora. 
Em seu tronco adormecem os insetos, abrigam-se os animaizinhos. Por entre seus galhos, pássaros fazem suas casas. 
Nascem flores em seus brotos. E o Mundo se perfuma ao seu redor. Acolhedora. 
Gentis árvores, que estendem sombras aos que caminham sob sol forte, que oferecem frutos aos famintos, que alegram a existência de todos com suas cores. 
A árvore não escolhe a quem presentear com suas dádivas. Não discrimina nem privilegia. Serve. 
A árvore segue o curso da natureza. Sempre produtiva e útil. Não se detém para reparar o que fazem os outros, não anota dificuldades. Prossegue. 
Simples, precisa apenas de sol, água, ar e alimento. Nada exige. Cresce. 
E quando seus galhos se estendem em ramagens fortes, oferece-os para brincadeiras e divertimentos. Nela crianças fazem casas de brinquedo e balanços. Doa-se aos mais jovens. Concede. 
A árvore oferece tudo e nada espera em troca. Submete-se mesmo àqueles que, para lhe retirarem os frutos maduros, atiram-lhe pedras. A seiva escorre do tronco ferido, mas ela… Ah, ela tolera. 
A árvore, de raízes fortes e profundas, mostra-se firme, apesar da força das tempestades. Resiste. 
E se o velho tronco se mostra cheio de nós, apontando idade avançada, sempre há o frescor dos galhos novos, de brotos verdes-claros. Renova-se. 
Árvore cresce em toda parte, até em encostas de montanhas e em abismos perigosos. Mesmo em locais adversos, a árvore permanece imponente – sem perder a grandeza jamais. Forte. 
Busca na terra escura, entre pequenos vermes, lodo e estrume, o material com que faz os frutos deliciosos que saciam a fome de tantos. Transformadora. 
E se é abatida pelo machado da impiedade, ainda assim se transmuda em móveis úteis, casas seguras e calor em lareiras acesas. Perdoa. 
Silenciosa, a árvore cumpre sua trajetória. Deveríamos todos nós buscar nesse exemplo de generosidade, vindo da natureza, um roteiro de vida. 
Vale a pena viver assim: empenhado em ser útil, sem se deixar abater pelas tempestades emocionais, oferecendo dádivas a todos. Firme, dócil, generoso. 
Lembre que hoje é mais um dia de sua vida, em que surgirão dezenas de oportunidades de servir alguém, de perdoar ao outro, de ser útil e gentil, simples e amoroso. 
Seja hoje como a árvore que se cobre de flores e frutos para que os outros sejam felizes. 
Nos quadros vivos da Terra, desde a sua formação, a árvore generosa é imagem da Criação. 
É a vida em Deus que nos ama, que nos protege e nos cria, que fez a bênção da noite, e a bênção da luz do dia. 
É santa irmã de Jesus essa árvore estremecida: se vive, palpita em Deus; se morre, transmite a vida. 

Desconheço autoria

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